Arte imita a vida e vice versa. Arte, vida, redes sociais, realidade virtual e tantas outras situações. Algumas pessoas conseguem lidar bem com tudo isso, outras nem tanto.
Pagar contas pela internet, dinheiro magnético, criptomoedas, golpes virtuais, invasões e clonagens são palavras cada vez mais comuns para alguns, para outros parecem coisas de outro mundo.
As vezes nos perguntamos se realmente existe um mundo real e outro virtual. A resposta parece obvia, a ficção termina onde começa a realidade, o sonho acaba quando toca o despertador ou a ilusão termina quando chega a quarta-feira de cinzas.
Mas a linha que divide vida real e mundo virtual parece cada vez mais difícil de ser identificada, quase imperceptível.
Acreditamos que as pessoas ou as fotos que vemos nas redes sociais são reais e ai nos frustramos com nossa realidade.
Difícil aceitar que todos estão bem, felizes e satisfeito enquanto nossos dias são desperdiçados entre trabalho exaustivo, boletos, rotina e insatisfações.
A grama do vizinho sempre é mais verde até que descobrimos que é artificial da mesma forma que nossa vida não é tão ruim até compreendermos que éramos felizes e não sabíamos.
Um artista se suicida aos 23 anos, ao vivo, e deixa a pergunta: – “Vocês vão me amar somente depois que eu morrer?”
Um adolescente me disse que algumas pessoas pensam que a vida é como um jogo de video game, a gente morre e logo depois volta para outra fase. Seria cômico se não fosse trágico.
O que os outros pensam ou sentem a nosso respeito parece nos incomodar muito mais do que nossos próprios sentimentos, ideias ou opiniões. Não conseguimos agradar a nós mesmos e nem aos outros.
Não atendemos sequer os nossos padrões, se é que ainda temos padrões.
Parece que a TV, as redes sociais e as ideologias dos rebeldes sem causa ditam nossos padrões.
A estupidez humana parece não ter limites porém, se houve um começo é bem provável que esse poço tenha um fim.
Podemos melhorar nossa qualidade de vida se diminuirmos nossas preocupações com os modismos e futilidades.
2022 pode ser um pouco mais do que preocupações com boletos, cartões estourados, competir com os colegas de trabalho e irritações com a divisão da herança.
O ano novo é o início da vida que sempre quisemos.
FELIZ ANO NOVO!