O filme é antigo, mas incrivelmente atual.
Sidney Poitier, incontestavelmente elegante reflete o sonho do educador apaixonado pela profissão.
Atencioso, e dedicado, sempre envolvido com o comportamento exigente e questionador de seus alunos.
O professor ouve a todos, responde pacientemente um após outro, conversa com os pais e é atencioso com funcionários.
“Parece que veio direto de um conto de fadas,” como menciona alguém durante o filme. Seria excelente profissional em várias empresas de grande porte, com salário de causar inveja. Porém, o doutor se envolve de tal maneira no apaixonante universo escolar que rejeita tentadora proposta para retornar a trabalhar no mundo corporativo.
Essa é o enredo do filme Ao Mestre com Carinho, mas também é a história de vida de muitos mestres não famosos nas tantas escolas da vida.
Convivemos com mestres diariamente. A senhora da limpeza que com sua simplicidade nos ensina a sentir alegria nas coisas simples como a xícara de café quente, a mesa arrumadinha, a fatia de bolo embrulhada no guardanapo com biquinhos de crochê.
O “tiozinho” que chega sempre bem humorado e espera o ônibus tranquilamente enquanto pergunta “tudo bem?” a cada um dos carrancudos impacientes que já chegam reclamando, é um mestre nos ensinando a vivenciar melhor cada momento.
O colega de trabalho que olha outro funcionário e pergunta se precisa de ajuda ou o chefe que incentiva o funcionário a voltar para escola.
Mestres natos, que muitas vezes passam despercebidos, infelizmente.
“Quem sabe ensina e quem não sabe aprende,” parece simples, mas as vezes é difícil aceitar.
Mestres merecem todo nosso carinho, principalmente professores.
A vocês, mestres, todo nosso carinho e gratidão.